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Histórico do Regimento Sampaio

Publicado: Quarta, 24 Mai 2023 17:52 | Acessos: 5300

     O Primeiro Batalhão de Infantaria Mecanizado (Escola) constitui a primeira Organização Militar instalada na outrora Faz SAPOPEMBA, em 1909; atualmente, Vila Militar. Porém, apesar da atual galeria dos eternos Comandantes do Regimento SAMPAIO retratar essa parte recente de sua história, esta foi construída com muita luta e glórias, de um início muito anterior.

     Há quem conte que quando o Governador Geral do Brasil MEM DE SÁ arregimentou uma tropa, um Terço de uma Centúria e colocou sob o comando de seu primo, ESTÁCIO DE SÁ, para expulsar os franceses da Baía de Guanabara, esta daria início ao 1º Batalhão de Fuzileiros do RJ, em 1567. Porém, após os franceses serem derrotados e terem frustrados os seus projetos mercantilistas no Brasil, o “Terço Velho de MEM DE SÁ” foi desmobilizado, criando uma lacuna temporal no nosso período colonial para vinculação de qual tropa da atual Força Terrestre herdaria o legado histórico desse 1º feito militar brasileiro.

     Todavia, é certo que em 11 de junho de 1841, sob os ensinamentos colhidos da Guerra da Cisplatina e face às ameaças que surgiram no cenário sul-americano, o Imperador D. PEDRO II decide reorganizar suas forças de defesa da nova pátria e decreta a junção do 20º Batalhão, oriundo de Goiânia, com o 7º Batalhão, vindo de Santa Catarina, com o 1º Batalhão do RJ, dando origem ao 1º Batalhão de Infantaria. Essa reorganização de tropas atingiu a sua finalidade na declaração de Guerra do Imperador contra as agressões que o país sofreu das tropas paraguaias de SOLANO LOPES.

     É na Guerra do Paraguai, que o 1º BI sofre o seu “batismo de fogo” e integra como o “Batalhão VANGUARDEIRO” as colunas da Divisão “ENCOURAÇADA”, comandada pelo Brigadeiro ANTÔNIO DE SAMPAIO. Nesse conflito, 224 integrantes deste Batalhão tombaram junto com o Patrono da Infantaria para que a honra do Brasil fosse lavada com sangue, nos principais embates da Guerra da TRÍPLICE ALIANÇA, com destaques para batalha naval do RIACHUELO, onde o 1º BI foi a única tropa a combater embarcado nesse histórico feito da Marinha do Brasil e para Batalha de TUIUTI, maior batalha campal travada na América do Sul, onde a sangrenta vitória custou a vida do nosso Brigadeiro SAMPAIO.

     O autor PAULO DE QUEIROZ DUARTE conta em sua biografia sobre o patrono da Infantaria, que nessa batalha, após sofrer seu 3º ferimento, o Brigadeiro SAMPAIO continuava a tilintar sua espada em combate, rugindo como “um leão”, feito que associado a sua reconhecida bravura e tenacidade, figuraram a imagem do nosso patrono e dos integrantes do seu Batalhão VANGUARDEIRO, como os “Leões de Guerra”.

     Após a vitória brasileira em 1870, o 1º BI atravessou a história nacional da transição do período monárquico para o republicano no RJ e atuou já como 1º Regimento de Infantaria (RI), a partir de seu atual aquartelamento, na pacificação da Revolta do Batalhão Naval, sediado na Ilha das Cobras, RJ, em 1910; em 1922 foi empregado na pacificação da revolta instalada no Forte de Copacabana e na Escola Militar do Realengo, ação em que seus integrantes demonstraram bravura e coragem, enfrentando um pelotão rebelde no interior do quartel, vindo a perder dois de seus militares.

    Assim, o 1º RI ajudou a escrever a história da República na contenda dos seus principais conflitos internos, seja nos embates paulistas em 1924, 1930 e 1932, ou na própria Capital Federal da época, contra a Intentona Comunista de 1935. Por todos esses feitos sob fogos, o 1º RI recebe em 1940, a denominação patronímica de REGIMENTO SAMPAIO, reconhecendo a ligação direta do Batalhão “VANGUARDEIRO” com o maior herói da Infantaria Brasileira.

     Em 1943, o 1º RI agrega tropas na preparação para o ingresso da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na II GM e em 1944, 3432 integrantes do Rgt SAMPAIO partem para Itália, como resposta a agressão sofrida pela Nação Brasileira ao afundamento de navios mercantes em sua própria costa e para o combate nazifascismo. Inicia-se uma nova página marcante na história de vitórias desta OM, ao custo de 154 vidas de seus integrantes.

    Após meses de adaptação a fisiografia e ao clima do TO Europeu, o Rgt SAMPAIO combateu a tirania alemã, em prol da liberdade do povo, nas principais ações da campanha da FEB, com destaque para conquista de Monte Castello, oportunidade em que o 1º RI protagonizou uma das atuações mais caras, ricas em ensinamentos e gloriosas da História Militar do Exército Brasileiro. Nomes como: Marechal CAIADO DE CASTRO, Asp FRANCISCO MEGA, Ten APOLLO REZK e outros tantos eternos integrantes do Rgt SAMPAIO, deixaram exemplos nos campos de batalha do valor, fibra e abnegação do Soldado Brasileiro.

    Vencida a tirania, em 1945, o 1º RI volta ao Brasil e com as experiências da guerra europeia, bem como a absorção da Doutrina Militar Norte-Americana, o EB reestrutura suas organizações e Rgt SAMPAIO volta a constituir-se como Btl. Entre 1956 e 1965, o 1º BI Mtz contribuiu com diversos integrantes na formação dos contingentes que partiram para a Missão de Paz em Suez, uma das primeiras atividades de emprego no exterior sob a égide da Organização das Nações Unidas.

    Daí em diante, o 1º BI Mtz (agora Escola), como integrante do GUEs-9ª Bda Inf Mtz participou com seus efetivos em diversas Missões de Paz, com destaque para Moçambique, Timor Leste, Angola e Haiti, concomitantemente com as missões internas da Força Terrestre, de Garantia dos Poderes Constitucionais, da Lei e da Ordem, promovendo a paz social e o desenvolvimento nacional, com destaque para Operação Rio e a Operação Real Plus, ambas em 1994, 5º Jogos Mundiais Militares, em 2011, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2012, Jornada Mundial da Juventude, em 2013, Pacificação do Complexo da Penha e do Alemão, em 2011 e 2013, Copa das Confederações, em 2013, atuação no Complexo da Maré, em 2014, Copa do Mundo FIFA, em 2014 e Jogos Olímpicos e Paralímpicos RIO 2016.

     Em 2017, esteve presente com suas tropas na Operação CAPIXABA, no Estado do ES e em 2018 contribuiu com a Intervenção Federal na Segurança Pública do Estado do RJ, em atuações diretas de repressão ao crime organizado e para queda dos índices de criminalidade deste Estado, objetivos estratégicos do Governo Federal, que custou a vida do Cap DIEGO MARTINS. Desde início deste século, o Rgt SAMPAIO atua diretamente na proteção do nosso regime democrático, por meio de ações de segurança nos pleitos eleitorais.

     Em 2019, este Btl teve sua designação alterada para 1º Batalhão de Infantaria Mecanizado (Escola), face a reunião das modernas Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal GUARANI dos BI/GUEs nesta OM, processo que se consolida, dentro da geração de Capacidades do Comando Militar do Leste, até os dias de hoje.

 

LEÕES DE GUERRA – AÇO – SAMPAIO!

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